Por Alex Ribeiro
Eu caminho em solidão
Pelos dias e noites vagos
Procurando pelo teu nome
Sem saber se vale a pena
Recebo em silêncio
Nos passos calados
De uma rua deserta
Lembranças amargas
Do meu tempo de menino
As lágrimas vertiam
Os olhos buscavam apoio
Num olhar que demonstrasse amor
Nessa noite,
Com as mãos geladas de medo
Espero tua chegada
Mas, afinal,
Quem serás tu, amor?
Disseram que és o mais nobre
Dentre os sentimentos
Mas, diga, eu te imploro,
Caro amor, onipotente
Tudo vale em teu nome?
Tudo pode?
Se me cospem por amor
Eu sorrio?
Se me ameaçam por amor
Eu obedeço?
Se me pisam por amor
Eu renuncio?
Se me espancam por amor
Eu me calo?
Se me matam por amor
Eu simplesmente devo aceitar?
Não bastando toda dor
Destroem minha identidade
Eu nem mais sei quem sou
Que devo fazer?
Me jogar em teus braços,
Meu caro amor?
Acreditar em teus encantos mágicos?
Amor, amargo, amor
Jardim de espinhos
Roseiral da dor.
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