Categoria: Analisador de Conteúdo

Por Antônio Roberto Gerin

O Analisador de Conteúdo é uma máquina poderosí­ssima, adquirida pela Assisto Porque Gosto para fazer análise de conteúdo de materiais diversos, de origem desconhecida.

Segundo a análise do Analisador, o pincel mostrado na foto acima pertenceu ao pintor desconhecido Jean-Jean Lefébre, morto em Paris, em agosto de 1898, às portas do Moulin Rouge. O pincel, hoje em exposição no Quai D’orsay, é alvo de curiosidades, sobre o qual se contam as mais estapafúrdias versões. No entanto, o Analisador traz para você a verdadeira versão dos fatos.

Foi com este pincel que Jean-Jean, casado com Marie, pintou Valéry, jovem boêmio e aristocrata, por quem Marie se apaixonou assim que viu o retrato mostrado a ela pelo apaixonado marido Jean-Jean, que, abandonado por Marie, trocado pelo outro, destruiu o quadro, sua obra-prima, e depois, a própria vida, em frente ao Moulin Rouge. Dizem – tem que ser comprovado – que Toulouse Lautrec teria presenciado o auto-suicí­dio do amigo pouquí­ssimo conhecido.

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Por Antônio Roberto Gerin

O Analisador de Conteúdo é uma máquina poderosí­ssima, adquirida pela Assisto Porque Gosto para fazer análise de conteúdo de materiais diversos, de origem desconhecida. Segundo a análise do Analisador, o pelo que se vê na foto pertenceu ao bigode de Hitler, datado em sete dias antes da morte do ditador, admitindo-se uma margem de erro de um dia, para mais ou para menos. As autoridades francesas, de posse do pelo e conhecendo sua origem, e perigo, lacraram-no secretamente no subsolo do Louvre, temendo que Steven Spielberg pudesse, através das células sebáceas do pelo do bigode de Hitler, gerar outros hítleres. Felizmente, o pelo que se vê na foto, disponí­vel para visitação do público, é uma réplica fiel, exceto pelas sebáceas, do original. Como bem analisa o Analisador, sebácea só no original, o que livra a humanidade do perigo da criação de um outro Hitler, também original, exceto, talvez, pela nacionalidade. Um Hitler brasileiro seria menos ameaçador que um Hitler alemão, que, na verdade, é austrí­aco? Segundo o Analisador de Conteúdo, melhor não buscar a resposta.

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Por Antônio Roberto Gerin

O Analisador de Conteúdo é uma máquina poderosíssima, que trabalha com seis raios infras, de seis cores, todas do arco-íris, menos uma. Portanto, é também conhecido como Analisador Arco-Íris.

Quem inventou a máquina de analisar conteúdo foi o desconhecido André Sarro Dias, e tudo graças à  obstinação de sua filha. Menina ainda, nos seus quatro anos de idade, ela encontrou, no parquinho onde costumava brincar sob o olhar sonolento do pai, uma pedra de tamanho médio. Para ser preciso, a pedra ocupava o tamanho das suas duas mãozinhas. A menina se agarrou à  pedra de tal forma, que acabou trazendo preocupações a toda famí­lia. Mal conseguia segurá-la com as duas mãos. Não quis mais brincar, rejeitou comida, e só pedia uma coisa ao pai. Que ele quebrasse a pedra. André Sarro Dias se recusava a se submeter a tamanho ridí­culo. No entanto, acossado pela febre de quarenta graus da filha, e empurrado pelo olhar feroz da mulher e mãe, levou a pedra para lugar adequado e a esfacelou com uma marreta. No seu interior, uma fabulosa pepita de diamante.

Três dias depois da descoberta do tesouro, a filha veio a falecer. O pai, arrasado, tomado de profunda dor no peito, promete à  filha morta investir o milionário dinheiro ganho com o diamante na invenção de um analisador de conteúdo, como forma de se recusar a viver das aparências. E assim, a despeito de voltar a ser pobre, o doutor Sarro, como ficara conhecido, trouxe para a humanidade um dos maiores feitos que homem jamais conseguira realizar.

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