Publicado em Categorias Cultura, Literatura, Poesia

Por Alex Ribeiro

Quantas quedas o homem teve?
Quantos voos sonhou partir?
Pra longe de homens outros
Que dão bom dia ao sorrir.

Quantas quedas o homem teve?
Quantas lutas foi golpeado?
Na trama de homens outros
Que conduzem os homens-gado.

Quantas quedas o homem teve?
Quantos bares bebeu tristeza?
Pelo ofício de homens outros
Que na morte mantém grandeza.

Quantas quedas o homem teve?
Quantas horas ele chorou?
Pela existência de homens outros
No espelho que lhe parou.

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Por Jackson Melo

Não há como explicar a sensação
A situação
O sentimento
Não há como explicar nada do que há.

Não há como estar em conexão com tudo
Estamos sempre à procura
Como cães famintos
Em busca de alimento.
Queremos sempre mais:
Dinheiro, amor, fama,
Posses, respeito…

Muitas vezes ficamos sem nada
Poucas vezes ficamos com alguma coisa
E em nenhuma vez ficamos com tudo
Mas algumas vezes nos damos conta que temos o essencial

O instinto!
A vontade de ser,
De querer, de conquistar!
Que nos move, pelo anseio de sempre querer alguma coisa.

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Por Alex Ribeiro

Sai, fecha a porta
Viaja pra longe
Daqui sigo meu rumo.
– Um gole de pinga.

Parte, o peito,
sem despedida
Esquece-me.
– Um fumo de rolo.

Deixa-me, fico
Vazio, seu quarto
Só lembranças.
– Meu café!

Vai, pode ir,
Mas volta que é teu
Em mim, sua morada.
– Teu coração.

Leva-o, é teu
Beba essa pinga e café
Fume seus cigarros…
Carrega-me em teu amor.