Publicado em Categorias Cultura, Literatura, Poesia

Por Alex Ribeiro

O poeta é o Urutau solitário
Que nasce na porteira do vigário
Bate asa sem pouso, nem morada
Com fama de ave agourada

Mãe da Lua é seu nome profético
No Luar faz seu berço poético
A serenata na sua voz soturna
No esplendor da beleza noturna

Na solidão da penumbra bela melodia
Portento, mas nenhum bem te via
Alento em toda dor que esvaecia
Contento, por um momento, poesia

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Por Jackson Melo

Sem mais razões
Ou expectativas
Tomado pelo desespero
A dor da renúncia o preenche

E como que num estalar de dedos
Um breve momento de lucidez
Traz o que lhe parece ser o fim
De toda sua angústia…
Sua única salvação

O pulo!
Um pavio aceso
A explosão da queda
E um último suspiro se vai
Deixando a vida.