Por Alex Ribeiro
Uma criança chora aqui, em casa
Um choro manso e calado
Uma tristeza fora do comum
Pra quem tem tão pouca idade
O dia mal nasceu, outra vez
E parece ser
Mais um dia de novo
O menino com seus passos miúdos
Continua sem nada dizer
Por que não corres?
Por que não cantas?
Por que não sorris este riso bonito?
Não sabe responder
Ora, menino, é grande a avenida
Deste ainda tão poucos passos
E já pensas em voltar?
Olha tua sombra, como cresce
Dá-me tua mão, te ajudo a atravessar
Teu momento ainda vai chegar
E se de amor, sentes já tanta dor imatura
Amo-te, pois, meu próprio eu
Criança Madura.